Entrevista: Pesquisadores do Ineep debatem óleo nas praias do NE

Le Monde Diplomatique

 

 

O derramamento de óleo que já atingiu praias em onze estados brasileiros poderia ter sido detectado e tratado com maior rapidez e maior eficiência. Os pesquisadores do Ineep William Nozaki e Rodrigo Leão debatem com a oceanógrafa Mariana Thevenin os impactos e as lições tiradas deste acidente.

“Uma das missões do Ineep — Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo — é justamente mostrar quais os caminhos que as experiências históricas apontam. Existem alternativas para lidar com acidentes como esse. Existem planos, existe uma estrutura pronta para atuar. Mas no Brasil, toda estrutura que existia não foi utilizada”, diz Leão, que é coordenador-técnico do Ineep.Nozaki complementa lembrando que face ao projeto do atual governo de desmonte do Estado, as instituições que poderiam atuar com mais eficiência e rapidez, como Ibama, Ministério da Defesa e a própria Marinha foram surpreendidas num momento de escassez de recursos. “O próprio plano nacional de contingência demorou 30 dias para ser colocado em prática”.

Na entrevista, o trio debate ainda a pouca participação das empresas privadas — que lucram com o turismo e perdem dinheiro com o derramamento — e do próprio governo, o que em muitos casos deixou os voluntários lutando sozinhos e sem informação contra o óleo que chegava nas praias.

Assista ao programa:

O petróleo que atingiu as praias brasileiras chegou ao Nordeste e já alcançou o Espírito Santo. Para discutir o significado do acontecimento e as implicações dele na vida daqueles que vivem nas regiões, o programa Le Monde Diplomatique TV recebeu:

  • Mariana Thevenin, oceanógrafa;
  • William Nozaki, sociólogo e cientista político; e
  • Rodrigo Leão, coordenador técnico do Ineep.

A apresentação é de Silvio Caccia Bava, editor-chefe do Le Monde Diplomatique Brasil. E a realização do programa é uma parceria entre TV PUC, Canal Universitário e TVT.

Publicado originalmente em Le Monde Diplomatique Brasil #30

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